quarta-feira, 21 de julho de 2010

CNO e Desenvolvimento Local

O desenvolvimento local e a Iniciativa Novas Oportunidades devem andar sempre de “mãos dadas”, o que obriga a uma coordenação e estabelecimento de uma estratégia integrada e integradora, necessária à utilização de recursos materiais e humanos e à harmonização de projectos contributivos para um desenvolvimento duradouro e sustentável.
A desarticulação leva ao desperdício de recursos e à desvalorização das potencialidades existentes, sendo necessário potenciar as riquezas e aproveitar a população residente nos territórios para as valorizar através de processos de educação e aprendizagem ao longo da vida, capacitando-os para os suportes da economia de mercado a que são submetidos permanentemente.
As organizações que desenvolvem trabalho de qualificação da população devem ser vistas como parceiros permanentes na rede nacional de educação e formação, e nunca como alguém que execute algum trabalho para justificar a aplicação de verbas destinadas às qualificações, sejam elas escolares ou profissionais.
A existência de projectos duradouros obriga, também, à elaboração de compromissos de médio e longo prazo, entre as entidades que executam projectos nesta área, sejam elas privadas ou públicas.
O estímulo das pessoas que trabalham num projecto depende muito da garantia de estabilidade profissional. É necessário que a Agência Nacional para a Qualificação e os Ministérios da Educação e do Trabalho Solidariedade Social, garantam projectos duradouros e permitam estabilidade nas equipas técnicas que trabalham na Iniciativa Novas Oportunidades, pois são importantes para a motivação e fixação de recursos humanos qualificados onde as entidades investem, para melhor estabilização do trabalho e garantir resultados positivos, fruto da qualidade do serviço prestado.
As associações de desenvolvimento local e outras entidades do terceiro sector, como a ATAHCA, com intervenções variadas, com acções que podem ter como beneficiários finais a população local, entidades públicas e privadas, desenvolvem articuladamente projectos que têm como fim o desenvolvimento integrado da sua população, conjugando esforços de serviço, pensando na pessoa e no território da sua zona de intervenção. Executar acções desarticuladas e isoladas levam ao desperdício de recursos e ao possível descrédito dos projectos, muitas vezes bem idealizados mas com práticas pouco pensadas e amadurecidas, o que poderá alcançar resultados quantitativos positivos mas com resultados qualitativos negativos por falta de estruturação e articulação com acções de longo prazo.
A obtenção de resultados positivos no trabalho de proximidade com a população, é possível com bons recursos humanos, estimulados e estabilizados profissionalmente, a quem deve ser permitida formação adequada para trabalhar em projectos de educação e formação ao longo da vida. A complexidade do desenvolvimento deste trabalho obriga a obtenção de formação específica que deverá ser considerada como funcionamento indispensável à aplicação permanente do diálogo que permita cumplicidades necessárias à estabilização de recursos e criem condições para o crescimento e desenvolvimento do país.

JAMA

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